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FLORESTAS ESTADUAIS DO ESTADO DO ACRE

Floresta Estadual do Rio Gregório

Superfície
216.062 hectares

Bioma
Amazônia 100%

Floresta Ombrófila Densa 4%
Floresta Ombrófila Aberta 96%

Clima
O clima da área em questão é caracterizado como sendo quente úmido. O clima dominante nesta área pertence ao Grupo A (Clima Tropical chuvoso), caracterizado por apresentar temperatura média no mês mais frio sempre superior a 18 °C, limite abaixo do qual não se desenvolvem determinadas plantas tropicais. A precipitação varia de 2.191 a 2.296 mm, sendo o período entre junho e agosto o menos chuvoso. A umidade relativa apresenta-se em níveis elevados durante todo o ano, com médias mensais em torno de 80 a 90%.

A exploração extrativista se concentra basicamente com a extração do látex, atendendo os preceitos da sustentabilidade.

As florestas estaduais do Rio Gregório, do Rio Liberdade e do Mogno são Unidades de Conservação de Uso Sustentável. Tais florestas são áreas de posse e domínio público estadual e estão localizadas quase que na totalidade no município de Tarauacá, com uma pequena porção no município de Cruzeiro do Sul, totalizando cerca de 450 mil hectares.

Floresta Estadual do Rio Liberdade

Superfície
126.360 hectares.

Bioma
Amazônia 100%
Floresta Ombrófila Aberta 100%

As florestas estaduais do Rio Liberdade, do Rio Gregório e do Mogno são Unidades de Conservação de Uso Sustentável. Tais florestas são áreas de posse e domínio público estadual e estão localizadas quase que na totalidade no município de Tarauacá, com uma pequena porção no município de Cruzeiro do Sul, totalizando cerca de 450 mil hectares.

Floresta Estadual do Mogno

Mogno
Superfície
143.897 hectares

Bioma
Amazônia 100%

Floresta Ombrófila Densa 4%
Floresta Ombrófila Aberta 96%

As florestas estaduais do Mogno, do Rio Gregório e do Rio Liberdade são Unidades de Conservação de Uso Sustentável. Tais florestas são áreas de posse e domínio público estadual e estão localizadas quase que na totalidade no município de Tarauacá, com uma pequena porção no município de Cruzeiro do Sul, totalizando cerca de 450 mil hectares.

Floresta Estadual Antimary

No centro-leste do Estado do Acre, com o nordeste da área fazendo fronteira com o Estado do Amazonas.

Superfície
66.168 hectares

Bioma
Amazônia 100%

Floresta Ombrófila Aberta 45%
Floresta Ombrófila Densa 55%

Castanheira - Bertholletia excelsa

A exploração de castanha e borracha são as principais fontes de renda, seguida pela coleta de óleo de copaíba, de sementes florestais, agricultura de subsistência, além da participação nas atividades do manejo madeireiro.

A exploração da castanha (Bertholletia excelsa) e da borracha (Hevea brasiliensis) são as principais fontes de renda das famílias. A ocupação máxima da área esteve entre 80 a 100 famílias.

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RIOS ACRE - OS PRINCIPAIS RIO DO ESTADO DO ACRE

 Rio Breu

O Rio Breu é um rio brasileiro que banha o estado do Acre.O Rio Breu é afluente do Rio Juruá, fazendo parte do município de Thaumaturgo.

Rio Acre



O Rio Acre é um rio que tem sua nascente no Peru e que deságua no Brasil, desembocando no Rio Purus (Amazonas).

No Brasil, os principais municípios que o rio Acre banha são Boca do Acre, Brasiléia, Xapuri e Rio Branco. Na cidade de Rio Branco o rio Acre divide-a em dois distritos. Possui águas barrentas e piscosas.

No município de Assis Brasil, o rio Acre marca a fronteira entre Brasil, Iñapari,Peru e Bolpebra,Bolívia.

O rio Acre nasce em cotas da ordem de 300 m. Seu alto curso, até a localidade de Seringal Paraguaçu, atua como divisa entre Brasil e Peru e deste ponto até Brasiléia entre Brasil e Bolívia. A partir daí, adentra em território brasileiro, percorrendo mais de 1,190 km, desde suas nascentes até a desembocadura, na margem direita do Purus, na cidade de Boca do Acre.

O vale do Rio Acre é bastante povoado. As principais cidades instaladas à beira do rio são: Iñapari (Perú), Assis Brasil, Brasiléia, Cobija (Bolivia), Epitaciolandia, Xapuri, Rio Branco, Porto Acre, Floriano Peixoto e Boca do Acre.

Durante as cheias, o rio Acre é navegável até as cidades de Brasiléia (lado brasileiro) e Cojiba (lado boliviano). O período de águas altas prolonga-se de janeiro a maio, aproximadamente, e o de águas baixas é mais acentuado em dezembro.

De Boca do Acre (foz) até Rio Branco, apresenta-se um estirão navegável, de 311 km, com 0,80 m. de profundidade mínima em 90% do tempo.

Entre Rio Branco e Brasiléia, as profundidades são mais reduzidas, possibilitando a navegação apenas durante a época das cheias. São 635 km de percurso, com acentuada sinuosidade e larguras inferiores a 100 m. O trecho a jusante de Rio Branco até a foz em Boca do Acre, é considerado a continuação da hidrovia do rio Purus, para acesso à capital do estado do Acre. A navegação é franca para embarcações de grande porte, nos períodos de chuvas e reduzindo para aquelas de médio e pequeno porte, na estiagens.

Rio das Minas

O Rio das Minas é um rio brasileiro que banha o estado do Acre. Rio Juruá Mirim
Rio Juruá-Mirim

O Rio Juruá-mirim é um rio brasileiro que banha o estado do Acre. O Rio Juruá Mirim é um dos principais afluentes do Rio Juruá.

Mapa do Rio Juruá-Mirim

Rio Juruá

Lago do rio Juruá

O Rio Juruá é um rio que banha os estados brasileiros do Acre e Amazonas.

Comprimento
17º rio maior do mundo km

Nascente
Perú

Foz
rio Solimões

Afluentes principais
Juruá Mirim, valparaíso, breu, môa, Envira, Eiru, Tarauacá.

Nasce no Peru, atravessando o Acre até desaguar no rio Solimões. É de grande importantância para a região, servindo como hidrovia para diversas comunidades, já que rodovias são inexistentes na maior parte de seu curso. Em suas margens ficam muncípios importantes como Eirunepé no Amazonas e Cruzeiro do Sul (Acre).

Ao cruzar a fronteira com o Brasil, a primeira comunidade é Foz do Breu. Ainda no Acre, ficam às suas margens as cidades:Cruzeiro do sul Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Rodrigues Alves. No estado do Amazonas margeiam o Juruá as cidades de Eirunepé, Itamarati, Carauari,Envira , Juruá , Ipixuna e Guajará.

Nos últimos anos o governo federal criou, na calha do rio Juruá duas Unidades de Conservação de uso direto, nomeadamente a Reserva Extrativista do Médio Juruá e a Reserva Extrativista do Baixo Juruá. 

O Rio Juruá, considerado o mais sinuoso do mundo

Rio Japurari

Rio Jurupari

O Rio Jurupari é um rio brasileiro que banha o estado do Acre. O Rio Jurupari é afluente do Rio Envira de Feijó e fica 70 Km da cidade.

Rio Iaco

Encontro do Rio Iaco com o Purus

O Rio Iaco é um rio brasileiro que banha o estado do Acre. É subsidiário do rio Purus.

RIO IACO

Rio Humaitá

O Rio Humaitá é um rio brasileiro que banha o estado do Acre. Os Povos indígenas TI Kaxinawá vivem às márgens do Rio Humaitá, concentrados no baixo curso do rio.

Rio Gregório

O Rio Gregório é um rio brasileiro que banha o estado do Acre.

Rio Grajaú

O Rio Grajaú é um rio brasileiro que banha o estado do Acre. Percorre o limite entre os municípios de Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, desaguando no Rio Juruá.

Rio Embirá

O Rio Embirá ou Envira como é mais conhecido pela população acreana é um rio brasileiro que banha o estado do Acre. O rio Envira banha a cidade de Feijó, uma das mais importantes do estado. Nasce na serra da Contamana em território peruano e deságua no Rio Tarauacá no estado do Amazonas. Seria o terceiro maior rio do estado do Acre não fosse erros geográficos que o colocou como afluente de um rio bem menor em largura e vazão.

Rio Envira



O rio Envira é um rio brasileiro que banha o estado do Acre, passando por Feijó, umas das mais importantes cidades do Acre.

O rio Envira tem uma grande importância para o município de Feijó, pois é através dele que acontece o comércio da cidade com Manaus, principal parceira comercial da cidade.

O Rio Envira tem uma extensão de 512 km, e esse valor poderia ser aumentado levando em conta que o rio é afluente do rio Tarauacá, bem menor em largura, extensão e vazão.

Rio Chandless


O Rio Chandless é um rio brasileiro que banha o estado do Acre.

O rio Chandless da o nome ao Parque Estadual Chandless que é a segunda maior área de preservação integral do Acre . Por sua vez o rio foi batizado com o nome do inglês Sir Wiliam Chandless que era um famoso explorador britânico que veio para o Brasil contratado pelos Barões da Borracha para resolver o chamado “o problema do Purus”. No tempo em que as rotas para o transporte das pelas eram de grande importância a pesquisa de alternativas de novos rios navegáveis era imprescindível. É neste cenário que Wiliam Chandless partiu em busca da nascente do Purus e também para saber se ele serviria de rota para escoamento de carga.

O britânico não conseguiu chegar à nascente do gigante Purus, mas publicou vários artigos sobre a viagem. O que lhe rendeu o batismo do rio Chandless, por onde apenas passou. Prêmios e mais honrarias, por esta e outras aventuras. Mas o homem que enfim descobriu a nascente do Purus foi o brasileiro Euclides da Cunha, alguns anos após.

Rio Caipora

O Rio Caipora é um rio brasileiro que banha o estado do Acre.

Rio Caeté

O Rio Caeté é um rio brasileiro que banha o estado do Acre. O Rio Caeté banha o município de Sena Madureira.

Rio Aparição

O rio Aparição é um rio brasileiro que banha o estado do Acre.

Rio Amônia

O rio Amônia é um rio brasileiro que banha o estado do Acre. Localiza-se próximo ao município de Porto Walter, onde há forte trâfego de embarcações regionais. Os Ashaninka vivem no rio Amônia.

Os Ashaninka decidiram realizar um plano de manejo dos tracajás, um tipo de tartaruga que quase desapareceu da região. Durante três anos proibiram a coleta de ovos e o consumo da carne deste animal. Assim, o número de tartarugas aumentou. Desde 2003, os Ashaninka promovem uma festa anual no dia da soltura de centenas de tartarugas que voltam aos rios da região.

Rio Acurauá

O Rio Acurauá é um rio do estado brasileiro do Acre. É um dos afluentes da margem esquerda do Rio Tarauacá.

Rio Acuriá

O rio Acuriá é um rio brasileiro que banha o estado do Acre.

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FEIJÓ (ACRE), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE FEIJÓ

População 2012: 32.600
Área da unidade territorial (Km²): 27.974,551
Densidade demográfica (hab/Km²): 1,16
Gentílico: feijoense

Histórico
Habitavam as terras do atual município de Feijó as tribos Jaminauás e Chacauás.

A primeira penetração de civilização data de 1879, com a chegada, à foz do rio Envira, do navio Munducurus, que trouxe para a região grande número de imigrantes nordestinos. Houve lutas com os naturais, mas, aos poucos, os nordestinos desbravaram o lugar. Subindo os rios e igarapés, começaram a demarcar seus "domínios". Surgiram os atuais seringais. Entre eles, o denominado "Porto Alegre", de propriedade de Francisco Barroso Cordeiro, em cuja sede foram, gradativamente, surgindo casas, novos moradores se instalando até que o General Taumaturgo de Azevedo, então Prefeito do Departamento de homenagem ao grande vulto de nossa Pátria. O decreto-lei nº 968, de 1928, concedeu foro de Cidade à citada Vila. O município de Feijó, entretando, só veio a ser instalado no ano seguinte, 1939, com terras desmembradas dos município acreanos de Santa Madureira e Tarauacá, sendo seu primeiro Prefeito e organizador Raimundo Augusto Araújo.

Gentílico: feijoense

Formação Administrativa
Elevado à categoria de vila com a denominação de Feijó, por decreto do prefeito nº 31, de 03-05-1906, sede na vila de Feijó. Constituído do distrito sede.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.

Pela resolução nº 15, de 14-05-1913, do prefeito do departamento do Tarvacá, dividindo o dito departamento em 15 distritos.

Elevado à condição de cidade, pelo decreto-lei nº 968, de 1928.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do distrito sede.

Pelo decreto territorial nº 43, de 29-03-1938, o município é extinto, sendo seu território anexado ao município de Seabra ex-Taraucá.

Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Feijó, pelo decreto-lei Federal nº 968, de 21-12-1938. Desembrado de Seabra.

No antigo distrito de Feijó. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1939.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído do distrito sede. Composto das zonas de Feijó, Ajubim, Bom Sucesso, Califórnia, Foz do Jurupari, Porto Brasil e Porto Rubim.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Fonte: IBGE

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XAPURI (AC): HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE XAPURI

História
A cidade de Xapuri foi habitada por indígenas das tribos xapuris, catianas, moneteris e outras menos numerosas. A excursão de Manuel Urbano da Encarnação à foz do rio Xapuri, em 1861, foi o início da colonização.

As terras, onde atualmente se localiza a Cidade, eram de propriedade do cearense Manuel Raimundo, sendo transferidas para João Damasceno Girão e Benedito José Medeiros, em 1894 e 1898, respectivamente.

Xapuri participou ativamente da independência do Acre, quando, em 1902, integrava o Território das Colonias, ocupado por autoridades bolivianas.

João de Dios Barriente, intendente, consultou os moradores para a organização da Junta dos Notáveis - Conselho Municipal. A 30 de março daquele ano, cinco representantes locais foram escolhidos para componentes do Colegiado.

Ao tomar conhecimento do teor do contrato de Aramayo ou Bolivian Sindicate, em 2 de junho, a Junta renunciou. Plácido de Castro, ciente do ocorrido, iniciou o movimento revolucionário, culminado com o ataque à Vila, em 6 de agosto, e domínio da situação. Foi proclamada a Independência do Acre, com a confraternização da população de Xapuri.

Em abril de 1903, quando chegaram as forças federais a Vila se constituiu na Capital do Acre Meridional.

Gentílico: xapuriense

Formação Administrativa
O Município foi criado em 22 de agosto de 1904, pelo Decreto Municipal n.° 3. Na ocasião, era composto do Distrito-Sede, situação em que permanece.

Fonte: IBGE
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CRUZEIRO DO SUL (ACRE) - ASPECTOS GEOGRÁFICOS E HISTÓRICOS DE CRUZEIRO DO SUL

Cruzeiro do Sul é um município brasileiro localizado no oeste do estado do Acre. A cidade é, atualmente, a segunda mais populosa do Acre e a umas das mais desenvolvidas do interior do estado.

Sua Área é de 7.925 km² representando 5.1939 % do Estado, 0.2057 % da Região e 0.0933 % de todo o território brasileiro.

A cidade é um dos mais importantes pólos turísticos e econômicos do Estado. Tem seus encantos para mostrar, como: igarapés mágicos, praias de areias claras e finas, águas escuras e límpidas, passeios e pescarias pelos rios e a vegetação selvagem da floresta. Além disso, Cruzeiro do Sul é cercada de construções e monumentos que simbolizam e guardam a história e a grandeza do seu povo.

História
O município, cujo nome foi inspirado na Constelação "Cruzeiro do Sul", surgiu da implementação do decreto de 12 de setembro de 1904, quando o Coronel do Exército Brasileiro Gregório Thaumaturgo de Azevedo instalou a sede provisória do município, em um local denominado "Invencível", na foz do Rio Môa. Teve sua fundação oficializada em 28 de Setembro de 1904, quando a sede do Departamento do Alto Juruá foi transferida para Cruzeiro do Sul. A área escolhida chamava-se "Centro Brasileiro" e foi adquirida do Sr. Antônio Marques de Menezes pelo governo da União. Era localizado à margem esquerda do Barracão Central da Casa de Farinha e algumas barracas isoladas.

Em 17 de Novembro de 1903, o território do Acre, incorporado ao Brasil pelo Tratado de Petrópolis, foi dividido em três departamentos: Alto Juruá, Alto Purus e Alto Acre, todos independentes entre si e diretamente subordinados ao Governo da União. Cada um dos departamentos era administrado por um Intendente - cargo parecido com o de prefeito atual, só que nomeado pelo presidente da República, até 1920.

No dia 28 de setembro de 1904, o Coronel Thaumaturgo, através do Decreto N° 4, autorizava a transferência da sede da Prefeitura para o Seringal Centro Brasileiro, à margem esquerda do Juruá, pois no antigo lugar faltava área suficiente para o desenvolvimento futuro da cidade, além do problema das inundações periódicas, resultantes das enchentes do rio. Na área do Centro Brasileiro, a geografia apresentava muitas colinas (terras livres de inundações), facilitando a implantação da futura cidade de Cruzeiro do Sul, atendendo, ainda, outras considerações de ordem administrativa e comercial. Não se sabe, exatamente, de quem foi a ideia de dar o nome à sede da prefeitura do Alto Juruá de Cruzeiro do Sul, mas a denominação é estabelecida no artigo 2° do Decreto e, com certeza, tem por inspiração a constelação do Cruzeiro do Sul.

Geografia
Área: 7 924,943 km²
População: 79.825 hab. IBGE/2012
Densidade: 9,9 hab./km²
Altitude: 182 m
Clima: Equatorial
Fuso horário: UTC−4
Unidade federativa: Acre
Mesorregião: Vale do Juruá
Microrregião: Cruzeiro do Sul
Municípios limítrofes: estado do Amazonas, República do Peru, Porto Walter, Rodrigues Alves, Tarauacá e Mâncio Lima
Distância até a capital: 632 Km
Aniversário: 28 de setembro de 1904 
Fundação: 1904
Gentílico: cruzeirense

O município conta com um relevo formado por uma série de colinas e uma vegetação predominantemente amazônica. A área do município é de 7 924,94 km². Localiza-se na região noroeste do estado de Acre, na margem esquerda do rio Juruá, a 648 km por via terrestre da capital do estado Rio Branco, pela rodovia BR-364 e 593 km em linha reta. Localizada na Mesorregião do Vale do Juruá, faz divisa com o Estado do Amazonas (Norte); o município de Porto Walter (ao Sul); com Tarauacá (a Leste) e com os municípios de Mâncio Lima, Rodrigues Alves e com o Peru (a Oeste).

Hidrografia
Os principais rios do Estado são o Juruá e o Purus, que formam as duas grandes bacias hidrográficas acreanas. A cidade de Cruzeiro do Sul é banhada pelo Rio Juruá.

O Juruá é um rio de águas barrentas, navegáveis e piscosas que banha e divide a cidade de Cruzeiro do Sul em dois distritos. O nome Juruá é de origem indígena, é uma derivação do nome "Yurá", usado pelos indígenas que habitavam suas margens. O rio nasce no Peru e, com 2 410 quilômetros de extensão, é o 43º maior rio do mundo. Suas águas caudalosas e barrentas tem dois períodos distintos: no inverno, especialmente de dezembro a maio, é a época das enchentes, quando ele invade todas as terras baixas; e o período de verão, de junho a novembro, quando suas águas baixam de tal maneira que os barcos e balsas de maior porte não conseguem chegar a Cruzeiro do Sul. Suas margens, após as vazantes, são utilizadas pelos ribeirinhos ou "barranqueiros" para o plantio de produtos agrícolas como: feijão, milho, batata, melancia e outros.

Há uma grande quantidade de lagos espalhados pelo município, localizados, quase sempre, próximos ao Rio Juruá ou à seus afluentes. O aspecto e a largura que apresentam são semelhantes aos dos cursos d'água que passam nas proximidades. Medem, aproximadamente, 6 km de extensão e são, geralmente, piscosos.

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RIO BRANCO (ACRE) - ASPECTOS GEOGRÁFICOS, HISTÓRICOS E SOCIAIS

Rio Branco é um município brasileiro, capital do estado do Acre, distando 3.123 quilômetros da capital Brasília. Localiza-se às margens do Rio Acre, no Vale do Acre e na microrregião homônima.

Principal município do estado, de acordo com uma estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), até agosto de 2011, a cidade possui uma população de 342.298 habitantes, o qual a coloca como a sexta maior cidade da Região Norte e a 66ª maior do Brasil, . Sua área territorial é de 9.222,58 km², sendo o quinto município do estado em tamanho territorial. De toda essa área, 44,90 km² estão em perímetro urbano, o que classifica Rio Branco como sendo a 66ª maior do país.

O povoamento da região de Rio Branco se deu no início do século XIX, com a chegada de nordestinos. O desenvolvimento do município ocorreu durante um grande período dado pelo Ciclo da Borracha. Nesta época ocorreu ainda uma miscigenação da população, com traços do branco nordestino com índios Kulinaã, sendo que houve também influência de povos vindos de outras regiões do mundo, como turcos, portugueses, espanhóis e vários outros.

Geografia
Unidade federativa: Acre
Mesorregião: Vale do Acre
Microrregião: Rio Branco
Municípios limítrofes: Bujari, Capixaba, Porto Acre, Senador Guiomard, Sena Madureira e Xapuri.
Distância até a capital (Brasília): 3 123 km
Área: 9.222,58 km²
População: 345.000 hab. (estimativa IBGE/2012)
Densidade: 37,12 hab./km²
Altitude: 153 m
Clima: equatorial AM
Fuso horário: UTC−4
Fundação: 28 de dezembro de 1882
Gentílico: riobranquense

Rio Branco se localiza a 9°58'29" sul e a 67°48'36" oeste, numa altitude de 153 metros acima do nível do mar. A cidade é cortada pelo rio Acre, que divide a cidade em duas partes denominadas Primeiro e Segundo Distritos. Atualmente, o rio é atravessado por seis passarelas - a mais nova é a Passarela Joaquim Macedo.

O município localiza-se na microrregião de Rio Branco, mesorregião do Vale do Acre. Limita-se ao norte com os municípios de Bujari e Porto Acre e com o Amazonas, ao sul com os municípios de Xapuri e Capixaba, a leste com o município de Senador Guiomard e a oeste com o município de Sena Madureira.

Relevo
Rio Branco situa-se em ambas as margens do Rio Acre, sua topografia à direita (na região hoje denominada pelo Segundo Distrito) formada por imensa planície de aluvião, enquanto que o solo na margem esquerda (onde fica o centro da cidade), caracteriza-se por sucessão de aclives suaves.

Solo
Cerca de 90% dos sedimentos da Bacia do Acre são de idade terciária de origem continental fluvial, tendo sido estudados sob denominações diversas, como a Formação de Pebas Manaus, Puca e Rio Branco. Delas a mais conhecida é a Formação Solimões.

A Formação Solimões é composta por sedimentos típicos de planície de inundação, apresentando estratificações cruzadas, estrutura laminar em argilitos, siltitos acamados e em lentes, arenitos finos e grosseiros em lentes ou interditados com siltitos e argilitos, etc.

Levantamentos de solos feitas para o Zoneamento Econômico Ecológico do Estado do Acre e do municipio de Rio Branco, indicam as seguintes classes de solo:

Argissolo Vermelho Amarelo, principal classe de solo do município e que apresenta caracteristicamente argila de atividade baixa em sua composição mineralógica, sendo solos ácidos, distróficos ou alumínicos, em relevo predominantente ondulado a suave ondulado. São solos de baixa fertilidade natural, moderada susceptibilidade à erosão e à mecanização, notadamente em função das limitações do relevo. Esta classe de solos predomina ao sul do município de Rio Branco, na porção sul da bacia do rio Riozinho do Rola, compreendo quase a totalidade das bacias dos igarapés Espalha, Forquilha, Vai-Se-Ver, Bom Futuro e Caipora, além de porções de terra a oeste do rio Acre, ao norte da BR-364.

Luvissolo Hipocrômico, com argila de alta atividade, textura média, hipereufrófico e com elevada acidez em profundidade. São solos de elevada fertilidade natural, porém, com deficiência de oxigênio devido a drenagem interna, sendo fortemente susceptíveis à erosão pela ocorrência em relevo ondulado. Para a mecanização destes solos deve-se priorizar técnicas de baixo revolvimento do solo, como plantio mínimo ou plantio direto. Esta classe de solo predomina ao norte do município de Rio Branco, na porção norte da bacia do rio Riozinho do Rola e ao sul da rodovia transacreana (AC-090), incluindo também a maioria das terras na margem oriental do rio Acre, principalmente entre a sede do municipio de Rio Branco e a divisa com o município de Porto Acre.

Estas duas classes de solos descritas acima são claramente diferenciadas em relação aos dois principais corpos de drenagem do município de Rio Branco: rio Acre e o rio Riozinho do Rola: os argissolos predominam na porção sul da bacia do Riozinho do Rola e na porção oriental da bacia do rio Acre, onde está a principal rede de recarga hídrica do município, facilmente identificada pela maior riqueza e maior extensão de canais de drenagem; por sua vez, os luvissolos predominam na porção norte da bacia do Riozinho do Rola e ocidental da bacia do rio Acre, onde a rede de drenagem é menos rica e menos extensa. Esta associação de rede de recarga hídrica e dos solos do município indicam a necessidade de políticas de gestão do uso da terra diferentes, onde o manejo conservacionista da bacia hidrográfica é particularmente importante nas áreas com argissolos.

Outras classes de solo que ocorre no município de Rio Branco trata-se do Latossolo Vermelho, cauliniticos, distróficos, profundos e de textura argilosa, em relevo suave ondulado, associados a Argissolo Amarelo e Argissolos Vermelho, normalmente de textura mais leve (média a argilosa), distróficos ou ácidos, e em relevo ondulado. Estes solos ocorrem na porção oriental da bacia do rio Acre, principalmente entre as sedes dos municípios de Rio Branco e Senador Guiomard. Do ponto de vista da fertilidade natural, são os solos de menor fertilidade natural e, extremamente susceptívies a erosão devido a maior erodibilidade de seu solo, embora, o relevo suave ondulado minimize tal risco. Entretanto, nestes solos é comum observar a formação de voçorocas em áreas manejadas inadequadamente. São solos bem drenados e adequados para a mecanização intensiva e podem proporcionar excelentes produtividades desde que corrigidas as deficiências de fertilidade. Do ponto de vista da recarga hidrica, constituem o ambiente mais importante para a captação de água e provavelmente sua posição em relação ao aquífero sob a cidade de Rio Branco indica que estes solos podem constituir-se na principal fonte de reabastecimento do aquífero, indicando a necessidade de cuidados especiais quanto a utilização de produtos químicos e instalação de industrias que possam contaminar este aquífero.

De menor importância quanto a sua abrangência territorial no município de Rio Branco, mas importante devido a estar associado as bacias de sedimentação do bacia do rio Acre e do Riozinho do Rola está o Gleissolo Melânico, de textura argilosa e eufróficos, associados as várzeas em relevo plano ao longo dos principais canais de drenagem, e os Plintossolos Háplicos, também de textura argiloosa, eufróficos, porém, mais profundos e associados a relevo suave ondulado, em posições mais afastadas da zona de sedimentação. Estes solos são extremamente férteis, propícios para agricultura de pequena escala e familiar, porém, com fortes restrições quanto a deficiência de oxigênio, sendo, em alguns locais, sujeitos a alagação períodica. Por estarem associados a mata ciliar, em áreas de proteção permanente, também apresentam restrição ambiental para seu uso.

Também com menor expressão territorial, encontra-se o Argissolo Vermelo plintico associado ao Argissolo Vermelho Amarelo plíntico e ao Plintossolo Argilúvico, todos solos com gradiente textural entre o horizonte superficial, de textura média, e o horizonte subsuperficial de textura argilosa, normalmente distróficos e em relevo variando de suave ondulado a ondulado. Estes solos localizam-se em uma pequena extensão no norte da bacia do rio Riozinho do Solo.

Do ponto de vista das potencialidades do uso da terra, o município de Rio Branco possui paisagens diversas, desde solos de baixa fertilidade e de excelente aptidão para agricultura intensiva, como solos de excelente fertilidade, porém, mais apropriados para um uso agrícola menos intensivo no que diz respeito à mecanização. Os solos também variam em relação ao seu papel na conservação dos recursos hídricos, havendo deste importantes áreas de reabastecimento de aquíferos (Latossolos), como redes de drenagem extensas (Argissolos) ou restritas (Luvissolos). Esta variabilidade de paisagens indica a possibilidade de uma grande variabilidade de uso agrícola e prestação de serviços ambientais.

Clima
O clima é equatorial, com temperaturas oscilando entre 25°C e 40°C nos dias mais quentes do ano, porém as sensações térmicas em Rio Branco sempre estão bem acima da temperatura real, facilmente ultrapassando 40°C, fazendo com que Rio Branco seja, talvez, a capital mais quente do Brasil. Situada a 153 metros de altitude, as menores temperaturas ocorrem à noite, com registros frequentes de 22°C nas madrugadas. O período compreendido entre os meses de dezembro e março corresponde à época mais quente do ano, com máximas acima de 40°C e ocorrência de queimadas (extremamente prejudiciais à saúde). Às vezes, entre maio e agosto o município sofre o fenômeno da friagem, registrando temperaturas mais baixas (em torno de 15°C) para os padrões regionais. Em julho de 2010, devido ao fenômeno, foram registrados recordes de temperaturas mínimas do ano. Na tarde do dia 17 os termômetros não passaram dos 14,7°C com mínima de 12,1°C. Dia 19 destacou-se a mínima de 9,8°C. Porém esse fenômeno ocorre raramente e tem uma duração muito curta.

Vegetação
Sua vegetação natural é composta basicamente por floresta tropical aberta (baixos platôs e aluvial).

Hidrografia
No comum, os rios e igarapés de Rio Branco são bastante sinuosos, escoando em estreitas planícies fluviais de deposição, com o regime fluviométrico obedecendo ao regime pluviométrico alternando assim períodos de cheias e vazantes. Os períodos de cheias apresentam, conforme intensidade das chuvas, enchentes de diferentes magnitudes. A formação geológica e geomorfológica são indicadores de rios de águas brancas, com grande concentração de material sólido em suspensão, oriundos dos processos hidroerosivo da corrente sobre as margens.

O Rio Acre, afluente direto do Rio Purus. Por sua extensão e pelo seu caudal, constitui-se no maior representante de drenagem nessa unidade. Tem uma dinâmica geomorfológica muito comum – o deslizamento das suas margens, o que está relacionado às variações de regime fluvial de cheias e vazantes. Este fenômeno ocorre, comumente, no período das enchentes. Quando as águas começam a baixar, a pressão hidrostática diminui e a água anteriormente retida nas margens é liberada. Com isso, o deslizamento que ocorre nas suas margens configura patamares desmoronados. Em Rio Branco estes contribuem para o assoreamento do leito normal do Rio Acre influenciando o regime e a extensão das cheias sazonais que caracterizam a inundação parcial das áreas urbanas da cidade.

O Igarapé São Francisco, com percurso de 115,6 km² e densidade de drenagem de 1,37 km/km², é de grande importância por ser, a exceção do Rio Acre, o principal coletor da bacia hidrográfica do sítio urbano de Rio Branco. Está bastante degradado devido o desmatamento de suas margens para a ocupação humana e também pela poluição de suas águas por estar servindo de depósito de lixo e esgoto a céu aberto.

O Igarapé Judia possui um percurso de 26 km, possui um escoamento de drenagem do tipo dentrítica. Encontra-se bastante poluído.

Canal da Maternidade encontra-se bastante poluído, por cortar a cidade é um grande coletor de águas pluviais.

Bairros
A prefeitura de Rio Branco divide a cidade em 7 áreas urbanas, denominadas regionais.

Cada regional possui peculiaridades, já que foram definidas com base em fatores socioeconômicos, comprendendo bairros e conjuntos com características semelhantes. Elas são numeradas de I a VII, sendo que cinco delas se localizam no 1º distrito: II, III, IV, V, VI; e outras duas no 2º distrito: I, VII. As regionais são compostas por aproximadamente 110 bairros, são eles:


  • Abraão Alab
  • Adalberto Aragão
  • Aeroporto Velho
  • Areial
  • Aviário
  • Bahia Nova
  • Bahia Velha
  • Bairro XV
  • Bairro da Base
  • Bairro da Paz
  • Bairro dos Mirandas
  • Bairro do Amapá
  • Baixada da cadeia velha Base
  • Belo Jardim I
  • Belo Jardim II
  • Boa União
  • Bom Jesus
  • Bosque
  • Cadeia Nova
  • Cadeia Velha
  • Caladim
  • Calafate
  • Capoeira
  • Centro
  • Cerâmica
  • Chico Mendes
  • Cidade Nova
  • Comara
  • Conjunto Adalberto Sena
  • Conjunto Bela Vista
  • Conjunto Castelo Branco
  • Conjunto Esperança I e II
  • Conjunto Guiomard Santos
  • Conjunto Laélia Alcântara
  • Conjunto Mariana
  • Conjunto Mascarenha de Morais
  • Conjunto Rui Lino
  • Conjunto Tancredo Neves
  • Conjunto Tangará
  • Conjunto Tucumã I
  • Conjunto Tucumã II
  • Conjunto Universitário I
  • Conjunto Universitário II
  • Conjunto Universitário III
  • Conjunto Waldemar Maciel
  • Conjunto Xavier Maia
  • Conquista
  • Custódio Freire
  • Defesa Civil
  • Distrito Industrial
  • Doca Furtado
  • Eldorado
  • Estação Experimental
  • Flor de Maio
  • Floresta
  • Floresta Sul
  • Geraldo Fleming
  • Habitasa
  • Ipase
  • Ipê
  • Irineu Serra
  • Isaura Parente
  • Jardim Brasil
  • Jardim Europa
  • Jardim de Alah
  • Jardim Primavera
  • João Eduardo I
  • João Eduardo II
  • Jorge Lavocat
  • José Augusto
  • Loteamento Helena
  • Loteamento Joafra
  • Loteamento Novo Horizonte
  • Manoel Julião
  • Mauri Sérgio
  • Mauro Bittar
  • Mocinha Magalhães
  • Montanhês
  • Morada do Sol
  • Nova Estação
  • Novo Calafate
  • Palheiral
  • Papouco
  • Parque dos Sabiás
  • Paulo Coelho Oliveira
  • Pista
  • Placas
  • Plácido de Castro
  • Portal da Amazônia
  • Praia do Amapá
  • Primavera
  • Raimundo Melo
  • Recanto dos Buritis
  • Residencial Iolanda
  • Residencial Ouricuri
  • Santa Inês
  • Santa Quitéria
  • São Francisco
  • Seis de Agosto
  • Sobral
  • Taquari
  • Triângulo
  • Tropical
  • Vila Acre
  • Vila da Amizade
  • Vila Ivonete
  • Vila Nova
  • Village
  • Vitória
  • Volta Seca
  • Wanderley Danta

Fonte: Wikipédia
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ACRE - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO ACRE

GEOGRAFIA – Área: 152.581,4 km². Relevo: depressão na maior parte do território e planície estreita a norte. Ponto mais elevado: serra do Divisor ou de Conta (609 m). Rios principais: Acre, Envira, Juruá, Purus, Tarauacá. Vegetação: floresta Amazônica. Clima: equatorial. Municípios mais populosos: Rio Branco (358.500), Cruzeiro do Sul (86.600), Sena Madureira (35.700), Feijó (32.700), Tarauacá (28.200), Senador Guiomard (22.800), Brasiléia (19.300), Plácido de Castro (17.601), Epitaciolândia (13.650), Mâncio Lima (13.420) (2012). Hora local: -2h. Habitante: acreano.

POPULAÇÃO – 675.600 (2012)

CAPITAL – Rio Branco. Habitante: rio-branquense. População: 358.500 (est. 2012).

O Acre (AC) é o estado da Região Norte situado mais a oeste. Com duas horas a menos em relação ao fuso horário de Brasília (DF), nele se localiza o último povoamento do Brasil a ver o sol nascer, na serra da Moa, na divisa com o Peru. A intensa atividade extrativista, que atinge o auge no século passado, atrai brasileiros de várias regiões para o estado. Da mistura de tradições de sulistas, paulistas, nordestinos e índios surgiu uma culinária diversificada, que junta a carne-de-sol com o pirarucu, peixe típico da região, e pratos regados com molho tucupi, feito de mandioca. O transporte fluvial, concentrado nos rios Juruá, Tarauacá, Envira e Moa, é o principal meio de circulação, sobretudo entre novembro e junho, quando as chuvas deixam intransitável a BR-364, rodovia que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul.

Rio Branco
Meio ambiente – O Acre é o estado-símbolo da luta pela preservação da floresta Amazônica e pelo desenvolvimento sustentável, sobretudo após a morte de Chico Mendes, ambientalista e líder sindical dos seringueiros, assassinado em 22 de dezembro de 1988.Os seringueiros de Xapuri, terra de Chico Mendes, obtêm em março de 2002 o selo verde, concedido pelo Conselho de Manejo Florestal – FSC (sigla em inglês), atestando que a exploração da madeira da floresta é feita segundo padrões ambientalmente corretos. O selo do FSC, organização não-governamental com sede no México, é considerado a certificação florestal mais importante do mundo. A madeira com o selo triplica de valor e pode ser comercializada no nascente pólo moveleiro de Xapuri. Outros produtos da floresta são também comercializados, como o açaí – fruto de uma palmeira –, o óleo da copaíba e a folha da pimenta-longa, matéria-prima para a indústria de cosméticos. Os índios iauanauás, da região de Tarauacá, vendem urucum para indústrias de cosméticos dos Estados Unidos. No entanto, o modelo econômico sustentado na biodiversidade ainda corre risco, porque o desmatamento das regiões de floresta chega a atingir 60% em algumas áreas.

Economia – O Produto Interno Bruto (PIB) do Acre provém, sobretudo, do setor de serviços, que contribui com 69,8% da riqueza do estado. A indústria responde por 24,6% e a agropecuária, por 5,7% do PIB. O estado é o segundo maior produtor de borracha do país, atrás apenas do Amazonas. O Acre pode ser dividido em dois grandes pólos: o vale do rio Juruá, cujo centro se localiza na cidade de Cruzeiro do Sul, no noroeste do estado, e o vale do rio Acre, com sede na capital, Rio Branco, no sudeste.No vale do Juruá reside cerca de 30% da população, a maioria na zona rural. A região é bem preservada e abriga a Reserva Extrativista do Alto Juruá – a área mais rica em biodiversidade do planeta – e o Parque Nacional da Serra do Divisor. Mais industrializado e com agricultura mais produtiva, o vale do rio Acre responde pela maior parte da borracha e dos alimentos produzidos no estado, com destaque para as culturas de mandioca, arroz, milho e frutas.

Índices sociais – Os indicadores de saúde do Acre são preocupantes. A mortalidade infantil é a mais elevada da Região Norte: 33,2 crianças em cada mil nascidas vivas morrem antes de completar 1 ano. Em torno 64% das casas não têm abastecimento de água nem fossa séptica; quase metade não possui coleta de lixo.

História
Único estado compreendido no quinto fuso horário em relação a Greenwich, o Acre é a última grande área a ser incorporada ao Brasil. Pelos acordos de limites do período colonial, confirmados no Império, esse território pertencia à Bolívia, sendo uma pequena parte dele reivindicada pelo Peru. As entradas constantes de sertanistas brasileiros na região forçam a assinatura de novo acordo entre o Brasil e a Bolívia. Em 1867 é firmado o Tratado de Ayacucho, que fixa a fronteira entre os dois países na confluência dos rios Beni e Mamoré. Mas ainda era uma linha demarcatória imprecisa. Dez anos depois, em 1877, há uma grande seca no Nordeste. Fugindo dela, milhares de nordestinos, especialmente cearenses, emigram para a região Amazônica. Atraídos pela borracha, fixam-se na área mais ou menos correspondente ao atual estado do Acre. As autoridades bolivianas reagem ao que consideram invasão de seu território e, como medida para reconquistá-lo, fundam, em 1899, uma sede administrativa para o recolhimento de impostos: Puerto Alonso, mais tarde chamada Porto Acre. Como a medida não traz os resultados esperados, a Bolívia entrega o Acre a um poderoso grupo norte-americano para formar o que se chamou Bolivian Syndicate, em 1901, com o objetivo de desenvolver economicamente a região e em seguida reintegrá-la politicamente. Os brasileiros organizam rebeliões armadas e garantem sua permanência. A mais conhecida revolta é liderada pelo agrimensor gaúcho José Plácido de Castro, que reúne, em 1902, algumas dezenas de seringueiros e ocupa a vila de Xapuri. Suas tropas, alguns meses depois apoiadas pelo governo brasileiro, apoderam-se de Puerto Alonso, e Plácido de Castro proclama a independência da região. A disputa só termina em 1903, com o Tratado de Petrópolis, assinado entre Brasil e Bolívia. O Brasil compra a região dos bolivianos por 2 milhões de libras esterlinas e compromete-se a construir a ferrovia Madeira-Mamoré, que liga Guajará-Mirim a Porto Velho, em Rondônia, para dar saída aos produtos bolivianos pelo Atlântico. Houve resistência na Bolívia contra o tratado, além de conflitos com o Peru, que reivindicava direitos sobre o território.

Transformação em estado – No ano de 1904, o Acre torna-se território federal dividido em três departamentos: Alto Acre, Alto Purus e Alto Juruás, cujos prefeitos são nomeados pelo governo federal. O declínio da exportação da borracha, causado pelo surgimento de grandes plantações de seringueira na Ásia, e a estagnação econômica que se segue levam à intensificação da exploração madeireira, com a devastação de consideráveis áreas de floresta Amazônica.O território retoma o crescimento econômico somente nos anos 1940 e 1950, sustentado principalmente pelos recursos da União. No governo do presidente João Goulart, em 1962, com pouco mais de 200 mil habitantes, o Acre é elevado à condição de estado, ao atingir o nível de arrecadação fiscal exigido para essa transformação, conforme a Constituição de 1946.A borracha, pivô da crise com a Bolívia no fim do século XIX e princípio do XX, continua como principal produto na pauta de exportação do estado, embora em decadência. No período do milagre econômico, entre os anos 1960 e 1970, o Acre investe principalmente em extrativismo e agropecuária, o que atrai novas correntes de migrantes.
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RIO BRANCO - ACRE - BRASIL

A estátua de bronze do homem acreano no pátio do Novo Mercado Velho é um referência para os visitantes
A visão aérea do rio Acre mostra a imponência de suas pontes e passarela
Casa dos Povos da Floresta divulga o conhecimento tradicional e a diversidade étnica do Acre
Construído pelo Governo do Estado, o estádio Arena da Floresta é um dos mais modernos do País
Estátua de Chico Mendes na praça Povos da Floresta
Localizada no Centro de Rio Branco, a Biblioteca Pública do Estado une modernidade e sofisticação em favor do conhecimento
Marco da fundação de Rio Branco, a Gameleira é hoje um circuito de cultura e diversão
O Memorial dos Autonomistas conta a história do movimento pela transformação do Acre território em Estado

Passarela Joaquim Macedo beleza e praticidade sobre o rio Acre
Visão noturna do Palácio Rio Branco, marco da fase de modernização da capital acreana
Vista noturna da Passarela Joaquim Macedo, inaugurada em 2006
Vista noturna da Praça da Bandeira, onde se localiza o Novo Mercado Velho de Rio Branco
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