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ESPÍRITO SANTO - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GEOGRAFIA – Área: 46.077,5 km². Relevo: baixada litorânea (40% do território) e serras (interior). Ponto mais elevado: pico da Bandeira, na serra do Caparaó (2.891,9 m). Rios principais: Doce, Itapemirim, Itaúnas, Jucu, São Mateus. Vegetação: floresta tropical, vegetação litorânea. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Vila Velha (425.200), Serra (410.900), Cariacica (371.800), Vitória (351.500), Cachoeiro de Itapemirim (214.030), Linhares (142.800), Colatina (128.220), Guarapari (119.080), São Mateus (111.100), Aracruz (79.890) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: capixaba.

POPULAÇÃO – 3.623.020 (est. 2012).

CAPITAL – Vitória. Habitante: vitoriense. População: 351.500 (est. 2012).

O litoral do Espírito Santo (ES) apresenta paisagens recortadas por serras e morros, características do Sul e do Sudeste, e regiões planas, com dunas e palmeiras, típicas do Nordeste do país. A capital, Vitória, fica em uma ilha costeira. Pouco mais ao sul está Guarapari, conhecida pelas praias de areia monazítica. No extremo norte localiza-se Itaúnas, no município de Conceição da Barra, famosa pelas grandes dunas. É na faixa litorânea que se concentram os descendentes dos primeiros colonizadores e sua culinária típica, como a moqueca capixaba, feita com tintura de urucum, de origem indígena. Nas serras predominam os descendentes de imigrantes alemães, suíços, holandeses e açorianos. O pico da Bandeira, com 2.891,9 metros, o terceiro ponto mais alto do Brasil, fica na divisa com Minas Gerais.

Economia – O estado tem aumentado sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Mas, com uma base industrial modesta, essa participação ainda é pequena, de 1,8% em 2011. O comércio é a principal atividade econômica do Espírito Santo, que está entre os sete primeiros estados exportadores do país. A capital do estado abriga o porto de Vitória – o segundo mais importante do Brasil, responsável por 16% dos embarques do país – e o de Tubarão. Entre os produtos locais de exportação destacam-se celulose, café e granito. De Minas Gerais são escoados minério de ferro, veículos e aço. Do Centro-Oeste, produtos agrícolas. Entram pelo Espírito Santo automóveis, grãos, máquinas agrícolas e carvão siderúrgico. Com a descoberta de grandes reservas petrolíferas a partir de 2002, o estado passa da sexta para a segunda posição entre os detentores das maiores reservas do país. A indústria, apoiada principalmente no aumento contínuo da extração de petróleo e gás natural, é a que mais cresce em 2002 e 2003. Na agricultura, o destaque são as lavouras de café, cuja produção só é menor que a de Minas Gerais. Nas áreas litorâneas plantam-se banana, abacaxi, mamão, maracujá e limão, enquanto nas montanhas são cultivados morango e uva. O estado possui a segunda maior fábrica de chocolates do país, a Garoto, com sede em Vila Velha. Em 2004, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) veta a compra da empresa pela multinacional Nestlé, que já vinha controlando sua produção desde 2002. O Cade determina que a Garoto seja vendida novamente, sob protestos da Nestlé, que decide recorrer judicialmente. O governo estadual teme pelo destino dos 3 mil funcionários da empresa e por impactos negativos na economia da cidade.

Índices sociais – A renda per capita do Espírito Santo é idêntica à média nacional: 17.631 reais. Embora seja o estado menos desenvolvido da Região Sudeste, apresenta indicadores sociais superiores aos demais. A taxa de mortalidade infantil é de 14,9 para cada mil nascidos vivos. Mais de 80% da população tem acesso à água, ao passo que um terço não possui serviços de coleta de esgoto. Dados do Ministério da Justiça indicam que o Espírito Santo apresenta taxa de homicídios de 52,1 por mil habitantes, a maior do país.

Vitória
Capital – Ao mesmo tempo que Vitória tem um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as capitais do país, apresenta também uma das maiores taxas de homicídio do Brasil. Segundo especialistas, é o resultado do desemprego, do crescimento desordenado, do tráfico de drogas e das desigualdades sociais.

História
Criada em 1534, a capitania do Espírito Santo começa a ser ocupada no ano seguinte. Seu donatário, Vasco Fernandes Coutinho, constrói os primeiros engenhos, transformando a produção e a exportação de açúcar na principal atividade econômica da capitania. A vida nos engenhos e povoados, no entanto, é prejudicada pela constante presença de corsários franceses e pela hostilidade dos índios goitacás e aimorés. Para melhor resistir a essa situação, a sede da capitania, Vila Velha, é abandonada, e uma nova é construída na ilha de Santo Antônio, com o nome de Vila Nova, atual Vitória. A mudança para a ilha não resolve o problema dos ataques indígenas. A situação só melhora com a ida do primeiro contingente de jesuítas, para a catequização dos índios, em 1551.

Anchieta – O padre José de Anchieta, que faria o trabalho mais cuidadoso nesse sentido, chega em 1552. A luta contra os franceses prossegue ao longo do litoral, até o Rio de Janeiro. Um índio da região, Araribóia, chefe dos temiminós, amigo dos portugueses e da família do governador-geral Mem de Sá, desempenha papel importante nessa disputa. Ele se desloca com as tropas portuguesas até o Rio de Janeiro, onde luta contra os franceses liderados por Nicolau Durand de Villegaignon.No século XVII e no XVIII, a capitania vive o declínio da economia canavieira. Enfrenta outras guerras, contra os holandeses, de 1625 a 1640. Na segunda metade do século XVII, cresce a busca de ouro. O governador Gil de Araújo envia, a partir de 1676, 14 expedições à serra das Esmeraldas, rio Doce acima. As tentativas fracassam, pois a pequena quantidade de ouro encontrada não é suficiente para apontar uma alternativa econômica para a região. O crescimento da mineração de ouro e diamante em Minas Gerais também contribui para essa retração.

Expansão cafeeira – O Espírito Santo começa a se recuperar apenas durante o Império, com a expansão da lavoura cafeeira e com o incremento da imigração européia. Italianos, alemães, portugueses, holandeses e suíços instalam-se nas colônias e nas vilas do interior. No início da República, o café chega a representar mais de 90% da receita do estado e possibilita investimentos em infra-estrutura na capital e nas principais cidades. Nessa época, o porto de Vitória torna-se um dos mais importantes do Brasil.Com a economia baseada na exportação de produtos agrícolas até meados da década de 1960, o Espírito Santo se beneficia, a partir dos anos 1970, da instalação de grandes projetos industriais, como as empresas estatais Companhia Vale do Rio Doce e Companhia Siderúrgica de Tubarão, depois privatizadas.
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PARQUE ESTADUAL DE ITAÚNAS

PARQUE ESTADUAL DE ITAÚNAS - ES
Localização
Em Itaúnas, 30 km ao norte da sede de Conceição da Barra.

Superfície
3.674 hectares.

O Parque possui uma área onde coexiste uma grande biodiversidade de espécies, espalhados no relevo da região: mata atlântica, manguezal, restinga, alagados, tabuleiro, rio, dunas e 25 quilômetros de praias, o que transforma a área de preservação do parque em manancial de enorme riqueza para a manutenção da manutenção da vida.

Flora
A vegetação de Mata de Tabuleiro se encontra com grande desenvolvimento estrutural, sendo considerado um dos maiores para a costa brasileira, além de possuir marcante diversidade de espécies. A extensão da Mata vai além da área do Parque, e a exuberância constatada através de informações locais, será de relevante importância como corredor ecológico entre o Parque e a Flona de Rio Preto na Zona de Amortecimento.


A faixa de restinga abriga exemplares de espécies ameaçadas de extinção pela Portaria 006 – N do IBAMA como Mollinedia glabra, Melanoxylon brauna e Couepia shottii. Entre as espécies endêmicas podemos citar Anthurium raimundii, Clusia spiritu-sanctensis, Kielmeyera albopunctata, Rhodostemonodaphne capixabensis, Siparuna arianeae, Pauliinia riodocensis e Simira eliezierana.

A presença marcante de representantes da Família Burseraceae nas dunas do Parque, considerada de alto endemismo no Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia, o coloca como habitat privilegiado para preservação de suas espécies, havendo estudos que afirmam que um grande número de suas espécies encontra-se em perigo de extinção.

Lontra
Fauna
A grande diversidade de ambientes dentro do Parque Estadual de Itaúnas oferece uma variedade de recursos alimentares e microhabitats que proporcionam uma significativa biodiversidade. A lista de espécies de mamíferos apresentada para a região é muito expressiva, sendo confirmada a presença de vinte e nove espécies, pertencentes às ordens Didelphimorphia, Xenarthra, Chiroptera, Primates, Carnivora, Artiodactyla e Rodentia.

Destas, duas são espécies endêmicas da Mata Atlântica. A composição da comunidade foi dominada por oito espécies de morcegos e seis de carnívoros, cinco de xenarthos, quatro de roedores, três de marsupiais, dois de primatas e um artiodáctilo.

Deve se destacar a confirmação da presença de duas espécies listadas como ameaçadas de extinção e uma como vulnerável no Parque Estadual de Itaúnas. São elas: Lontra longicaudis, Leopardus tigrinus e Callithrix geoffroyi.

No ambiente de fundo de vale, foi registrada a presença do sagui-da-cara-branca (Callithrix geoffroyi), considerada espécie vulnerável à extinção no Brasil, além do maior número de espécies de carnívoros. Sendo espécies de topo de cadeia, sua presença reflete que as comunidades nestes ambientes estão relativamente íntegras.

Um total de 135 espécies de aves, distribuídas em 40 famílias, foram registradas no Parque Estadual de Itaúnas nestes estudos. Dessas, 37 espécies consistem em ocorrências novas para a região. Considerando o total de 146 espécies registradas por estudos anteriores, somam-se 183 espécies até agora conhecidas para a região do Parque Estadual de Itaúnas.

Ainda, por ser importante ponto de desova de tartarugas marinhas, o Projeto TAMAR desenvolve atividades na região de Itaúnas, desde 1991. Anualmente, cerca de 80 desovas são registradas na área do Parque Estadual de Itaúnas. Foram levantadas também, 29 espécies de anfíbios, pertencentes a 4 famílias e 14 gêneros distintos. A grande diversidade de ambientes presentes no Parque, situado ao nível do mar, proporciona uma gama de recursos de microhabitats e de alimento, que muito provavelmente estejam intimamente relacionados à diversidade significativa de espécies de anfíbios anuros.

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PARQUE NACIONAL DA PEDRA AZUL

PARQUE NACIONAL DA PEDRA AZUL
Localização
Está localizado no município de Domingos Martins (ES), distante 89 km de Vitória (ES)

Superfície
1.240 hectares.

O Parque Estadual da Pedra Azul foi criado para proteger um conjunto de valores naturais, onde se destaca a Pedra do Lagarto, de formação de granito e gnaisse a 1.822 metros de altura, unida à Pedra Azul, que pode ser vista na BR-262.

A unidade de Conservação se encontra inserida no Bioma da Mata Atlântica, um dos mais diversos e ameaçados.

Pedra Azul
Pedra do Lagarto
A caminho do início da trilha
Trilha das Piscinas Naturais

Os ecossistemas englobados pela área do Parque são os Campos Rupestres (vegetação que se desenvolve sobre as pedras) e a Floresta Ombrófila Altimontana (matas influenciadas pelo regime de chuvas, localizadas acima de 1500 metros de altitude).

A fauna e flora são muito diversas, inclusive com a presença de espécies endêmicas (que só ocorrem na área do Parque).

Acesso
O acesso ao Parque pode ser feito pela Rodovia BR 262, entrando no Km 89, passando pela Rota do Lagarto (ES010) por 2 km até a entrada.

Outro acesso se dá pela rodovia de acesso a Vargem Alta e Cachoeiro (ES164), chegando até a localidade de São Paulinho de Aracê, onde existe acesso para a Rota do Lagarto, com um percurso de 5 km até a entrada do Parque.

Trilhas
As trilhas existentes permitem a contemplação de áreas de Mata Atlântica, passando por mirantes e piscinas naturais. O parque possui duas trilhas: Trilha da Pedra Azul (nível fácil): com distância de 480 m, onde os visitantes são conduzidos até a base da Pedra Azul, passando pelos mirantes da Pedra Azul e do Forno Grande.

Trilha das Piscinas Naturais (nível médio / difícil): com 1400 m, onde os visitantes são conduzidos até as piscinas naturais escavadas sobre a rocha, com uma escalada de 97 m com auxílio de corda. O banho nas piscinas é uma opção de recreação no local.

Bromélias
Macaco-prego
Flora
O conjunto da vegetação existente na área do Parque inclui a vegetação rupestre (que se desenvolve sobre pedras) e floresta ombrófila altimontana. As principais espécies encontradas são orquídeas, bromélias, ingás, cedros, cássias, ipês, canjeranas, além de várias espécies de canela.

Fauna
Sua fauna é diversificada possuindo diversas espécies, tais como: macaco prego, tatu, tamanduá-de-colete, jaguatirica, tucano, araponga, veado catingueiro, mão-pelada, trinca-ferro e sabiá além de animais ameaçados de extinção como sagui-da-serra, onça sussuarana e barbado.

PARQUE NACIONAL DA PEDRA AZUL
A pedra Azul, um grande rochedo que muda de cor por conta de liquens, é o cartão postal de Domingos Martins. As casinhas com ares europeus e a calmaria dão o clima de lua-de-mel à cidade.
O município de Domingos Martins, estado do Espírito Santo, região sudeste, abriga a Reserva Florestal de Pedra Azul, que foi criada pelo Decreto 312, de 31 de outubro de 1960. A Lei 4.503, de 2 de janeiro de 1991, transformou a reserva em Parque Estadual de Pedra Azul, com uma área de 1.240 hectares. O bioma predominante desta unidade de conservação brasileira é de floresta ombrófila densa antimontana. Suas coordenadas geográficas são S 20º 24'07" W 41º 01'23".

Parque nacional, no Espírito Santo, localizado no município de Domingos Martins, com altitude média de 1350mts, possuí uma área de 10.000 hectares, apenas 5% do parque é aberto a visitação, e abriga a Pedra Azul e a Pedra das Flores, importantes afloramentos de granito e gnaisse, cartões postais do estado, por causa de sua beleza espetacular, com respectivamente 1822 e 1909mts, por passarem a maior parte do tempo encobertas pelas nuvens, há um micro-clima super-úmido e frio em seu topo, isso faz com que muitas plantas, especialmente flores e orquídeas cresçam em seu topo (dai o nome), o parque foi tombado como Reserva Florestal em 1961, passou ao status de parque estadual em 1981, e virou parque nacional em 1996. A região com rica biodiversidade e diversas espécies endêmicas, foram catalogados 182 espécies de aves endêmicas (que só existem naquele lugar) 51 espécies de bromélias endêmicas, e 26 espécies de orquídeas endêmicas, no parque existem muitas cobra, veados, macacos, preguiças algumas onças e muitas aves, com atenção para as Andorinhas de Colar Branco, que migram para região durante os meses de Junho a Julho, quando a temperatura na região fica na casa de 0°C, elas fazem suas tocas e se reproduzem em cavernas, na Pedra Azul, a vegetação original é a mata-atlântica, com árvores que chegam a 25m, a muitas bromélias, samambaias e orquídeas. No parque, ficam localizados as nascentes do Rio Jucu, braço norte e braço sul, que abastece 70% do consumo de água na Grande Vitória, e existem vários lagos, cachoeiras e piscinas naturais.

O parque fica localizado no distrito de Pedra Azul do Aracê, região que tem o considerado 3° melhor clima do mundo. Os terrenos ao redor do parque, que a 20 anos atrás ninguem quis ocupar gratuitamente, hoje, estima-se que tenham um valor de R$ 4,5 milhões, nos arredores do parque, ficam localizados alguns dos melhores hotéis do estado do Espírito Santo. A Pedra Azul, tem esse nome devido ao fato, de que dependendo da incidência de luz solar, a pedra, pode mudar de cor, ficando as vezes Azul, as vezes Verde, as vezes Amarela, porém a maior parte do tempo Branca Acinzentada. A Pedra Azul muda de cor 36 vezes por dia.

É no Km 89/90 da BR 262 que pode ser visto o maciço da Pedra Azul com seu pico de 1822m de altitude. Também é conhecida como a Pedra do Lagarto pelo formato de uma saliência em forma de um animal que parece subir pela sua encosta. Aos fundos, na mesma formação rochosa de granito e gnaisse avista-se a Pedra das Flores com 1909 m de altura.

A Reserva Florestal de Pedra Azul foi transformada em Parque em 1991 com o objetivo de proteger o eco sistema de Mata Atlântica no entorno da Pedra Azul, ocupando uma área que atinge três municípios: Domingos Martins, Alfredo Chaves e Vargem Alta. Para programar o passeio pelas trilhas da Pedra Azul é necessário agendar no CAVI (Centro de Apoio ao Visitante)
pelos telefones (27) 3248-1156 ou (27) 9962-8548 nos horários de 08:00 às 12:00 horas e das 13:30 às 17:30 horas.

Existem quatro trilhas para percorrer: a das piscinas, do mirante, do lagarto e da base, encontra-se no Parque um museu ecológico localizado no Centro de Visitantes Júlio de Oliveira Pinho. O parque é aberto para visitação de quarta-feira a domingo. De segunda-feira a terça-feira fica fechado para manutenção.Todo passeio no Parque, deverá ser agendado com antecedência e deverá sempre ser acompanhado por um Guarda Florestal do IDAF

Atrações: Piscinas Naturais, Trilhas baixas (Base da Pedra Azul e Lagarto/Mirante.

Para maior segurança na escalada para as Piscinas Naturais, o número máximo de pessoas por vez na corda é de 02 pessoas e a idade mínima permitida é 10 anos.
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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO: ASPECTOS GERAIS

MAPA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
BANDEIRA

ESPIRITO SANTO

GEOGRAFIA – Área: 46.077,5 km². Relevo: baixada litorânea (40% do território) e serras (interior). Ponto mais elevado: pico da Bandeira, na serra do Caparaó (2.891,9 m). Rios principais: Doce, Itapemirim, Itaúnas, Jucu, São Mateus. Vegetação: floresta tropical, vegetação litorânea. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Vila Velha (410.000), Serra (400.000), Cariacica (380.000), Vitória (340.000), Cachoeiro de Itapemirim (215.000), Linhares (130.000), Colatina (120.000), Guarapari (115.000), São Mateus (105.000), Aracruz (80.000) (2009). Hora local: a mesma. Habitante: capixaba.

POPULAÇÃO – 3.600.000 (est. 2009). Densidade: 74,7 hab./km² (est. 2009). Cresc. dem.: 1.5% ao ano (1991-2009). Pop. urb.: 82,5% (2009).

DESCRIÇÃO

O litoral do Espírito Santo (ES) apresenta paisagens recortadas por serras e morros, características do Sul e do Sudeste, e regiões planas, com dunas e palmeiras, típicas do Nordeste do país. A capital, Vitória, fica em uma ilha costeira. Pouco mais ao sul está Guarapari, conhecida pelas praias de areia monazítica. No extremo norte localiza-se Itaúnas, no município de Conceição da Barra, famosa pelas grandes dunas.É na faixa litorânea que se concentram os descendentes dos primeiros colonizadores e sua culinária típica, como a moqueca capixaba, feita com tintura de urucum, de origem indígena. Nas serras predominam os descendentes de imigrantes alemães, suíços, holandeses e açorianos. O pico da Bandeira, com 2.891,9 metros, o terceiro ponto mais alto do Brasil, fica na divisa com Minas Gerais.

Economia – O estado tem aumentado sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Mas, com uma base industrial modesta, essa participação ainda é pequena, de 1,8% em 2009. O comércio é a principal atividade econômica do Espírito Santo, que está entre os sete primeiros estados exportadores do país. A capital do estado abriga o porto de Vitória – o segundo mais importante do Brasil, responsável por 16% dos embarques do país – e o de Tubarão.Entre os produtos locais de exportação destacam-se celulose, café e granito. De Minas Gerais são escoados minério de ferro, veículos e aço. Do Centro-Oeste, produtos agrícolas. Entram pelo Espírito Santo automóveis, grãos, máquinas agrícolas e carvão siderúrgico. Com a descoberta de grandes reservas petrolíferas a partir de 2002, o estado passa da sexta para a segunda posição entre os detentores das maiores reservas do país. A indústria, apoiada principalmente no aumento contínuo da extração de petróleo e gás natural, é a que mais cresce em 2008 e 2009. Na agricultura, o destaque são as lavouras de café, cuja produção só é menor que a de Minas Gerais. Nas áreas litorâneas plantam-se banana, abacaxi, mamão, maracujá e limão, enquanto nas montanhas são cultivados morango e uva. O estado possui a segunda maior fábrica de chocolates do país, a Garoto, com sede em Vila Velha. Em 2004, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) veta a compra da empresa pela multinacional Nestlé, que já vinha controlando sua produção desde 2002. O Cade determina que a Garoto seja vendida novamente, sob protestos da Nestlé, que decide recorrer judicialmente. O governo estadual teme pelo destino dos 3 mil funcionários da empresa e por impactos negativos na economia da cidade.

Índices sociais – A renda per capita do Espírito Santo é idêntica à média nacional: 9.000 reais. Embora seja o estado menos desenvolvido da Região Sudeste, apresenta indicadores sociais superiores aos demais. A taxa de mortalidade infantil é de 20,9 para cada mil nascidos vivos. Mais de 80% da população tem acesso à água, ao passo que um terço não possui serviços de coleta de esgoto. Dados do Ministério da Justiça indicam que o Espírito Santo apresenta taxa de homicídios de 57,1 por mil habitantes, a maior do país.

Capital – Ao mesmo tempo que Vitória tem um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as capitais do país, apresenta também uma das maiores taxas de homicídio do Brasil. Segundo especialistas, é o resultado do desemprego, do crescimento desordenado, do tráfico de drogas e das desigualdades sociais.

História

Criada em 1534, a capitania do Espírito Santo começa a ser ocupada no ano seguinte. Seu donatário, Vasco Fernandes Coutinho, constrói os primeiros engenhos, transformando a produção e a exportação de açúcar na principal atividade econômica da capitania. A vida nos engenhos e povoados, no entanto, é prejudicada pela constante presença de corsários franceses e pela hostilidade dos índios goitacás e aimorés. Para melhor resistir a essa situação, a sede da capitania, Vila Velha, é abandonada, e uma nova é construída na ilha de Santo Antônio, com o nome de Vila Nova, atual Vitória. A mudança para a ilha não resolve o problema dos ataques indígenas. A situação só melhora com a ida do primeiro contingente de jesuítas, para a catequização dos índios, em 1551.

Anchieta – O padre José de Anchieta, que faria o trabalho mais cuidadoso nesse sentido, chega em 1552. A luta contra os franceses prossegue ao longo do litoral, até o Rio de Janeiro. Um índio da região, Araribóia, chefe dos temiminós, amigo dos portugueses e da família do governador-geral Mem de Sá, desempenha papel importante nessa disputa. Ele se desloca com as tropas portuguesas até o Rio de Janeiro, onde luta contra os franceses liderados por Nicolau Durand de Villegaignon. No século XVII e no XVIII, a capitania vive o declínio da economia canavieira. Enfrenta outras guerras, contra os holandeses, de 1625 a 1640. Na segunda metade do século XVII, cresce a busca de ouro. O governador Gil de Araújo envia, a partir de 1676, 14 expedições à serra das Esmeraldas, rio Doce acima. As tentativas fracassam, pois a pequena quantidade de ouro encontrada não é suficiente para apontar uma alternativa econômica para a região. O crescimento da mineração de ouro e diamante em Minas Gerais também contribui para essa retração.

Expansão cafeeira – O Espírito Santo começa a se recuperar apenas durante o Império, com a expansão da lavoura cafeeira e com o incremento da imigração européia. Italianos, alemães, portugueses, holandeses e suíços instalam-se nas colônias e nas vilas do interior. No início da República, o café chega a representar mais de 90% da receita do estado e possibilita investimentos em infra-estrutura na capital e nas principais cidades. Nessa época, o porto de Vitória torna-se um dos mais importantes do Brasil. Com a economia baseada na exportação de produtos agrícolas até meados da década de 1960, o Espírito Santo se beneficia, a partir dos anos 1970, da instalação de grandes projetos industriais, como as empresas estatais Companhia Vale do Rio Doce e Companhia Siderúrgica de Tubarão, depois privatizadas.


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